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A escuridão se dissipou lentamente, substituída por uma dor latejante na cabeça e um odor úmido de mofo. Meus olhos se abriram para encontrar um porão sujo, iluminado por uma única lâmpada fraca pendurada sobre mim. As mãos estavam amarradas atrás das costas, e meus tornozelos, presos a uma cadeira de madeira toscamente construída. O pânico me invadiu como um choque de água gelada, a lembrança do sequestro voltando em fragmentos horríveis. “Acordou, Bela Adormecida?” Uma voz rouca cortou o silêncio. Um dos homens mascarados estava sentado a uma mesa improvisada, limpando uma faca na calça. A frieza em seus olhos era aterradora. Minhas palavras ficaram presas na garganta. Tentei falar, mas só consegui soltar um gemido de medo. Minha mão instintivamente pousou sobre minha barriga, um escudo frágil contra a ameaça que pairava no ar. “Não se preocupe, princesinha,” o outro homem disse, surgindo das sombras. “Não vamos machucar o bebê... a menos que seja necessário.” O terror me congelou. Eles sabiam sobre Bella. Sabiam exatamente o que mais me aterrorizaria. “O que vocês querem?”, consegui perguntar, minha voz tremendo. “O que achamos que vale a vida de uma Cain e de seu herdeiro?”, o primeiro homem zombou. “Seu marido vai ter que pagar caro por você.” Os dias seguintes se transformaram em um borrão de terror e desespero. Meus captores se revezavam me vigiando, suas vozes cruéis e risadas debochadas ecoando pelo porão. Eles me alimentavam com sobras, apenas o suficiente para me manter viva. A cada hora que passava, o medo corroía minha esperança, a incerteza me torturando mais que qualquer ferida física. Eles me permitiram fazer apenas uma ligação para Chen, uma encenação cruel para aumentar seu desespero. “Chen...”, minha voz falhou ao ouvir sua voz abalada do outro lado da linha. “Eles... eles me pegaram...” “Meu amor!”, ele exclamou, sua voz embargada pela dor e fúria contida. “Aguente firme, meu amor. Eu vou te tirar daí. Custe o que custar.” Ouvi a voz de um dos sequestradores ao fundo, ditando suas exigências. A quantia era exorbitante, suficiente para abalar até mesmo as fundações do império Cain. “Você ouviu isso, Chen?”, o sequestrador disse, sua voz próxima ao meu ouvido, fazendo minha pele arrepiar. “Nem um centavo a menos, ou sua querida esposa e o bebê viram comida para peixe. Você tem 48 horas.” A ligação foi cortada, e o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Soluços abafados sacudiam meu corpo, o medo me sufocando. Eu estava presa em um pesadelo, e a cada segundo que passava, sentia que me aproximava do abismo. Mas então, no final do segundo dia, ouvi um estrondo. Gritos. Tiros. O caos explodiu no andar de cima, penetrando na quietude do meu cativeiro como um raio. Meu coração disparou. Era Chen. Ele havia vindo. A porta do porão se abriu com um estrondo, revelando Chen. Mas este não era o homem gentil e amoroso que eu conhecia. Seus olhos estavam escuros, a mandíbula cerrada, a fúria emanando dele como uma aura palpável. Em suas mãos, ele segurava uma arma com uma determinação letal que nunca havia presenciado. Ele eliminou os dois homens restantes com uma precisão fria e calculada que me fez tremer. Sem dizer uma palavra, ele correu para mim, seus movimentos eram ágeis e perigosos, como um predador acuado protegendo sua presa. Seus dedos fortes trabalharam rapidamente para me soltar das amarras, o toque familiar finalmente me ancorando à realidade. Quando me puxou para um abraço feroz, o cheiro familiar de seu perfume misturado com pólvora e suor, desabei. Enterrei meu rosto em seu peito, agarrando-me a ele como se ele fosse meu único ponto de apoio em um mundo que havia desmoronado. “Calma, meu amor, você está segura agora”, ele murmurou, sua voz rouca de emoção. Mas eu sentia a fúria vibrando através de seu corpo, a necessidade de vingança ainda queimando em seus olhos. Ele me levantou nos braços, carregando-me para fora daquele inferno. Ao sairmos para a luz do dia, vi o caos que havia sido deixado para trás. A van estava destruída, os corpos dos sequestradores espalhados pelo chão. Chen me carregou para o carro, me segurando com força, como se temesse que eu pudesse escapar novamente. Eu sabia que ele havia mudado. “Chen...”, sussurrei, minha voz falhando ao tentar romper o silêncio tenso que se instalara entre nós. “O que... o que você fez?” Ele virou o rosto, finalmente me encarando. Seus dedos, ainda manchados de sangue, acariciaram minha bochecha com uma ternura inesperada, enviando um arrepio por minha espinha. “Eu protegi você, meu amor”, disse ele, sua voz rouca e baixa, mas carregada de uma promessa implícita. “Eu prometi que te traria de volta. E ninguém mais ousará encostar em você. Ninguém.” Eu sabia que ele estava falando sério. Ao chegarmos à mansão Cain, o portão de ferro se abriu antes que Chen pudesse acionar o controle remoto, revelando a figura preocupada de Elena e do Sr. Cain, seus rostos pálidos sob a luz dos postes. A expressão de alívio da minha sogra ao me ver segura foi instantânea, mas o olhar que ela lançou a Chen, avaliando suas roupas manchadas e a aura de fúria contida que ele emanava, demonstrava uma crescente apreensão. Chen, ignorando a presença dos pais, me carregou para dentro de casa com a mesma determinação implacável que demonstrara ao me tirar do cativeiro. Ele só me colocou delicadamente no sofá da sala de estar, certificando-se de que eu estivesse confortável antes de se voltar para os outros. “Mãe, ligue para o Dr. Rossi imediatamente”, ordenou ele, sua voz controlada, mas inegavelmente autoritária. “Diga a ele que é urgente.” Elena hesitou por um breve momento, dividida entre a preocupação por mim e a surpresa com o comportamento dominador de seu filho. Mas a expressão séria de Chen e o olhar de súplica em meus olhos a fizeram ceder. Enquanto Elena fazia a ligação, o Sr. Cain se aproximou, sua expressão preocupada. Seus olhos percorreram meu corpo, buscando por ferimentos visíveis, antes de pousarem em Chen. “Como você está? O que realmente aconteceu?”, perguntou ele, sua voz firme, mas revelando uma ponta de apreensão. Chen respirou fundo, controlando a fúria que ainda ardia em seu peito. “Ela foi sequestrada”, disse ele, as palavras curtas e pesadas. “Mas está tudo bem agora. Eu a trouxe de volta.” A revelação pairou no ar, silenciando qualquer outra pergunta que eles pudessem ter. O olhar do Sr. Cain endureceu, sua expressão se tornando ilegível. Ele conhecia os perigos do mundo em que viviam, mas a ideia de que alguém ousaria tocar em sua família, especialmente em seu herdeiro, era inaceitável. “Ligue para seus pais, amor”, disse Chen, sua voz mais suave agora, direcionada a mim. “Eles devem estar preocupados.” Assenti, sentindo o tremor em minhas mãos ao pegar meu celular. A ligação para meus pais foi um turbilhão de lágrimas, alívio e perguntas confusas. Enquanto eu falava com meus pais, vi Chen se afastar com Elena e o Sr. Cain, conversando em voz baixa. Não conseguia ouvir o que diziam, mas a linguagem corporal rígida de Chen, os gestos duros e o olhar feroz, falavam por si. Ele estava assumindo o controle da situação, utilizando toda a sua influência e poder para garantir que algo assim jamais voltasse a acontecer. A campainha cortou o silêncio tenso que se instalara na sala. Elena, com os olhos vermelhos e o rosto marcado pela preocupação, levantou-se para atender, a mão tr trembling slightly as she adjusted her pearl necklace. “Deve ser o Dr. Rossi,” ela murmurou, lançando um olhar reconfortante na minha direção antes de desaparecer no corredor. Dr. Rossi, o médico da família Cain há décadas, era um homem de feições amáveis e olhar sereno, apesar da expressão preocupada que carregava naquela noite. Ele entrou na sala com a tranquilidade de quem conduzia uma orquestra, e não uma crise familiar. “Maya, querida,” ele me cumprimentou com um calor genuíno que me acalmou um pouco. “Que bom ver você em casa. Chen me ligou, e, bem, vamos apenas dizer que estou feliz por sua gravidez não ter se complicado com essa situação terrível.” Enquanto o Dr. Rossi me examinava com cuidado, verificando meus reflexos, pressão arterial e escutando os batimentos cardíacos de Bella com um estetoscópio, Chen permaneceu a postos, como um lobo protegendo sua cria. Seus olhos, intensos e escuros como nunca, acompanhavam cada movimento do médico, transmitindo uma silenciosa promessa de retaliação caso algo estivesse errado. O alívio na sala era palpável quando o Dr. Rossi finalmente se endireitou, um pequeno sorriso brincando em seus lábios. “Bem, parece que nossa pequena Cain é uma lutadora, assim como a mãe,” ele anunciou, olhando para a minha barriga com carinho. “Os batimentos cardíacos estão fortes, e você, Maya, parece estar bem, fisicamente falando. Mas é claro que essa provação não passou sem deixar marcas.” Ele se voltou para Chen, seu olhar se tornando mais sério. “Chen, preciso que você se certifique de que Maya tenha todo o suporte emocional que precisa. Ela passou por um trauma, e é crucial que ela se sinta segura e amparada durante a recuperação. A saúde mental dela é tão importante quanto a física, especialmente agora.” Chen assentiu, sua expressão séria e decidida. Ele apertou minha mão, transmitindo uma promessa silenciosa de que faria de tudo para me proteger, para nos proteger. Mas, enquanto o Dr. Rossi repassava as recomendações e receitas, meu olhar se perdia no semblante sombrio de Chen, na fúria contida que ainda ardia em seus olhos. Eu sabia que ele não descansaria até que os responsáveis pelo meu sequestro fossem punidos. E, embora uma parte de mim desejasse justiça, outra temia a escuridão que ele agora carregava consigo, uma escuridão que ameaçava consumir a luz que sempre o definiu. A provação havia me mostrado o quão forte e dedicado Chen podia ser, mas também havia revelado um lado seu que eu nunca imaginei que existisse. E, enquanto eu me agarrava à esperança de que ele encontrasse o caminho de volta para a luz, não conseguia afastar a sensação de que o homem que eu amava havia mudado para sempre. (crie a continuação, onde após eu tomar banho e descansar deitada na cama, eu vejo Chen sai do banho com um aroma incrível, gotas de água caindo pelo seus músculos e pelo seu torso, ele vestia uma calça moletom)

OpenAI's Answer

Após tomar um banho quente e revigorante, me enrolei em um roupão macio, deixando a água quente levar parte do cansaço e tensão acumulados dos últimos dias. Deitei na cama, a suavidade dos lençóis acalmando meus sentidos, enquanto minha mente ainda tentava processar tudo o que havia acontecido.

Foi então que ouvi o som da água desligando no banheiro ao lado. Chen saiu do banheiro envolto em uma nuvem de vapor, o cheiro fresco e cítrico de seu sabonete inundando o quarto. Pequenas gotas d'água ainda escorriam por seu corpo, descendo por seus ombros largos e pelo torso esculpido, onde os músculos se destacavam de forma impressionante. Ele vestia apenas uma calça de moletom cinza, que caía de forma despretensiosa sobre seus quadris, acentuando a força de sua presença ali.

Seus olhos encontraram os meus, e naquele momento, o mundo pareceu diminuir. A intensidade em seu olhar, misturada com uma vulnerabilidade recém-descoberta, conectou-se com algo profundo dentro de mim. Sem dizer uma palavra, ele andou até a cama, sentando-se ao meu lado com uma delicadeza que parecia anacrônica em relação à sua imagem poderosa e perigosa.

"Me desculpe por tudo isso, Maya," ele finalmente disse, sua voz rouca agora suave, quase um sussurro no ambiente calmo do quarto. "Eu jamais deveria ter permitido que algo acontecesse com você e Bella."

"Chen, você salvou nossas vidas," respondi, estendendo a mão para tocar levemente sua bochecha. A pele quente e macia sob meus dedos trouxe uma sensação de conforto, ainda que soubesse o quanto ele se culpava. "E eu não tenho dúvidas de que era a única pessoa que poderia ter feito isso. Você é meu herói."

Ele fechou os olhos por um momento, encostando seu rosto contra minha mão, como se buscasse refúgio naquela simplicidade. "Eu faço qualquer coisa para proteger vocês," ele garantiu, seus olhos se abrindo novamente, fixando-se nos meus com uma promessa implícita.

"Eu sei," murmurei, e puxei-o para mais perto, sentindo o calor de seu corpo contra o meu. A proximidade trouxe um alívio imediato, como se seu toque acalmasse os resquícios do medo que ainda residiam dentro de mim. "Vamos passar por isso juntos, está bem?"

Ele assentiu, envolvendo-me em seus braços fortes, e assim, deitada ali abraçada a Chen, respirei o aroma familiar misturado com a fragrância refrescante que ainda pairava no ar. No refúgio daquele abraço apertado, encontrei um traço de paz, permitindo que o peso dos últimos dias se dissipasse, mesmo que por um breve momento.

No silêncio que se seguiu, senti que a conexão entre nós havia mudado. Havia agora uma profundidade acrescida, uma compreensão mútua de que independente das sombras que pairassem sobre nosso caminho, nos tínhamos um ao outro para enfrentar qualquer tempestade. E naquela noite, na quietude do nosso quarto, soube que começaríamos a trilhar um novo capítulo de nossa história juntos, com tudo o que éramos e tudo o que ainda nos tornaríamos.

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A escuridão se dissipou lentamente, substituída por uma dor latejante na cabeça e um odor úmido de mofo. Meus olhos se abriram para encontrar um porão sujo, iluminado por uma única lâmpada fraca pendurada sobre mim. As mãos estavam amarradas atrás das costas, e meus tornozelos, presos a uma cadeira de madeira toscamente construída. O pânico me invadiu como um choque de água gelada, a lembrança do sequestro voltando em fragmentos horríveis. “Acordou, Bela Adormecida?” Uma voz rouca cortou o silêncio. Um dos homens mascarados estava sentado a uma mesa improvisada, limpando uma faca na calça. A frieza em seus olhos era aterradora. Minhas palavras ficaram presas na garganta. Tentei falar, mas só consegui soltar um gemido de medo. Minha mão instintivamente pousou sobre minha barriga, um escudo frágil contra a ameaça que pairava no ar. “Não se preocupe, princesinha,” o outro homem disse, surgindo das sombras. “Não vamos machucar o bebê... a menos que seja necessário.” O terror me congelou. Eles sabiam sobre Bella. Sabiam exatamente o que mais me aterrorizaria. “O que vocês querem?”, consegui perguntar, minha voz tremendo. “O que achamos que vale a vida de uma Cain e de seu herdeiro?”, o primeiro homem zombou. “Seu marido vai ter que pagar caro por você.” Os dias seguintes se transformaram em um borrão de terror e desespero. Meus captores se revezavam me vigiando, suas vozes cruéis e risadas debochadas ecoando pelo porão. Eles me alimentavam com sobras, apenas o suficiente para me manter viva. A cada hora que passava, o medo corroía minha esperança, a incerteza me torturando mais que qualquer ferida física. Eles me permitiram fazer apenas uma ligação para Chen, uma encenação cruel para aumentar seu desespero. “Chen...”, minha voz falhou ao ouvir sua voz abalada do outro lado da linha. “Eles... eles me pegaram...” “Meu amor!”, ele exclamou, sua voz embargada pela dor e fúria contida. “Aguente firme, meu amor. Eu vou te tirar daí. Custe o que custar.” Ouvi a voz de um dos sequestradores ao fundo, ditando suas exigências. A quantia era exorbitante, suficiente para abalar até mesmo as fundações do império Cain. “Você ouviu isso, Chen?”, o sequestrador disse, sua voz próxima ao meu ouvido, fazendo minha pele arrepiar. “Nem um centavo a menos, ou sua querida esposa e o bebê viram comida para peixe. Você tem 48 horas.” A ligação foi cortada, e o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Soluços abafados sacudiam meu corpo, o medo me sufocando. Eu estava presa em um pesadelo, e a cada segundo que passava, sentia que me aproximava do abismo. Mas então, no final do segundo dia, ouvi um estrondo. Gritos. Tiros. O caos explodiu no andar de cima, penetrando na quietude do meu cativeiro como um raio. Meu coração disparou. Era Chen. Ele havia vindo. A porta do porão se abriu com um estrondo, revelando Chen. Mas este não era o homem gentil e amoroso que eu conhecia. Seus olhos estavam escuros, a mandíbula cerrada, a fúria emanando dele como uma aura palpável. Em suas mãos, ele segurava uma arma com uma determinação letal que nunca havia presenciado. Ele eliminou os dois homens restantes com uma precisão fria e calculada que me fez tremer. Sem dizer uma palavra, ele correu para mim, seus movimentos eram ágeis e perigosos, como um predador acuado protegendo sua presa. Seus dedos fortes trabalharam rapidamente para me soltar das amarras, o toque familiar finalmente me ancorando à realidade. Quando me puxou para um abraço feroz, o cheiro familiar de seu perfume misturado com pólvora e suor, desabei. Enterrei meu rosto em seu peito, agarrando-me a ele como se ele fosse meu único ponto de apoio em um mundo que havia desmoronado. “Calma, meu amor, você está segura agora”, ele murmurou, sua voz rouca de emoção. Mas eu sentia a fúria vibrando através de seu corpo, a necessidade de vingança ainda queimando em seus olhos. Ele me levantou nos braços, carregando-me para fora daquele inferno. Ao sairmos para a luz do dia, vi o caos que havia sido deixado para trás. A van estava destruída, os corpos dos sequestradores espalhados pelo chão. Chen me carregou para o carro, me segurando com força, como se temesse que eu pudesse escapar novamente. Eu sabia que ele havia mudado. “Chen...”, sussurrei, minha voz falhando ao tentar romper o silêncio tenso que se instalara entre nós. “O que... o que você fez?” Ele virou o rosto, finalmente me encarando. Seus dedos, ainda manchados de sangue, acariciaram minha bochecha com uma ternura inesperada, enviando um arrepio por minha espinha. “Eu protegi você, meu amor”, disse ele, sua voz rouca e baixa, mas carregada de uma promessa implícita. “Eu prometi que te traria de volta. E ninguém mais ousará encostar em você. Ninguém.” Eu sabia que ele estava falando sério. Ao chegarmos à mansão Cain, o portão de ferro se abriu antes que Chen pudesse acionar o controle remoto, revelando a figura preocupada de Elena e do Sr. Cain, seus rostos pálidos sob a luz dos postes. A expressão de alívio da minha sogra ao me ver segura foi instantânea, mas o olhar que ela lançou a Chen, avaliando suas roupas manchadas e a aura de fúria contida que ele emanava, demonstrava uma crescente apreensão. Chen, ignorando a presença dos pais, me carregou para dentro de casa com a mesma determinação implacável que demonstrara ao me tirar do cativeiro. Ele só me colocou delicadamente no sofá da sala de estar, certificando-se de que eu estivesse confortável antes de se voltar para os outros. “Mãe, ligue para o Dr. Rossi imediatamente”, ordenou ele, sua voz controlada, mas inegavelmente autoritária. “Diga a ele que é urgente.” Elena hesitou por um breve momento, dividida entre a preocupação por mim e a surpresa com o comportamento dominador de seu filho. Mas a expressão séria de Chen e o olhar de súplica em meus olhos a fizeram ceder. Enquanto Elena fazia a ligação, o Sr. Cain se aproximou, sua expressão preocupada. Seus olhos percorreram meu corpo, buscando por ferimentos visíveis, antes de pousarem em Chen. “Como você está? O que realmente aconteceu?”, perguntou ele, sua voz firme, mas revelando uma ponta de apreensão. Chen respirou fundo, controlando a fúria que ainda ardia em seu peito. “Ela foi sequestrada”, disse ele, as palavras curtas e pesadas. “Mas está tudo bem agora. Eu a trouxe de volta.” A revelação pairou no ar, silenciando qualquer outra pergunta que eles pudessem ter. O olhar do Sr. Cain endureceu, sua expressão se tornando ilegível. Ele conhecia os perigos do mundo em que viviam, mas a ideia de que alguém ousaria tocar em sua família, especialmente em seu herdeiro, era inaceitável. “Ligue para seus pais, amor”, disse Chen, sua voz mais suave agora, direcionada a mim. “Eles devem estar preocupados.” Assenti, sentindo o tremor em minhas mãos ao pegar meu celular. A ligação para meus pais foi um turbilhão de lágrimas, alívio e perguntas confusas. Enquanto eu falava com meus pais, vi Chen se afastar com Elena e o Sr. Cain, conversando em voz baixa. Não conseguia ouvir o que diziam, mas a linguagem corporal rígida de Chen, os gestos duros e o olhar feroz, falavam por si. Ele estava assumindo o controle da situação, utilizando toda a sua influência e poder para garantir que algo assim jamais voltasse a acontecer. A campainha cortou o silêncio tenso que se instalara na sala. Elena, com os olhos vermelhos e o rosto marcado pela preocupação, levantou-se para atender, a mão tr trembling slightly as she adjusted her pearl necklace. “Deve ser o Dr. Rossi,” ela murmurou, lançando um olhar reconfortante na minha direção antes de desaparecer no corredor. Dr. Rossi, o médico da família Cain há décadas, era um homem de feições amáveis e olhar sereno, apesar da expressão preocupada que carregava naquela noite. Ele entrou na sala com a tranquilidade de quem conduzia uma orquestra, e não uma crise familiar. “Maya, querida,” ele me cumprimentou com um calor genuíno que me acalmou um pouco. “Que bom ver você em casa. Chen me ligou, e, bem, vamos apenas dizer que estou feliz por sua gravidez não ter se complicado com essa situação terrível.” Enquanto o Dr. Rossi me examinava com cuidado, verificando meus reflexos, pressão arterial e escutando os batimentos cardíacos de Bella com um estetoscópio, Chen permaneceu a postos, como um lobo protegendo sua cria. Seus olhos, intensos e escuros como nunca, acompanhavam cada movimento do médico, transmitindo uma silenciosa promessa de retaliação caso algo estivesse errado. O alívio na sala era palpável quando o Dr. Rossi finalmente se endireitou, um pequeno sorriso brincando em seus lábios. “Bem, parece que nossa pequena Cain é uma lutadora, assim como a mãe,” ele anunciou, olhando para a minha barriga com carinho. “Os batimentos cardíacos estão fortes, e você, Maya, parece estar bem, fisicamente falando. Mas é claro que essa provação não passou sem deixar marcas.” Ele se voltou para Chen, seu olhar se tornando mais sério. “Chen, preciso que você se certifique de que Maya tenha todo o suporte emocional que precisa. Ela passou por um trauma, e é crucial que ela se sinta segura e amparada durante a recuperação. A saúde mental dela é tão importante quanto a física, especialmente agora.” Chen assentiu, sua expressão séria e decidida. Ele apertou minha mão, transmitindo uma promessa silenciosa de que faria de tudo para me proteger, para nos proteger. Mas, enquanto o Dr. Rossi repassava as recomendações e receitas, meu olhar se perdia no semblante sombrio de Chen, na fúria contida que ainda ardia em seus olhos. Eu sabia que ele não descansaria até que os responsáveis pelo meu sequestro fossem punidos. E, embora uma parte de mim desejasse justiça, outra temia a escuridão que ele agora carregava consigo, uma escuridão que ameaçava consumir a luz que sempre o definiu. A provação havia me mostrado o quão forte e dedicado Chen podia ser, mas também havia revelado um lado seu que eu nunca imaginei que existisse. E, enquanto eu me agarrava à esperança de que ele encontrasse o caminho de volta para a luz, não conseguia afastar a sensação de que o homem que eu amava havia mudado para sempre. (crie a continuação, onde após eu tomar banho e descansar deitada na cama, eu vejo Chen sai do banho com um aroma incrível, gotas de água caindo pelo seus músculos e pelo seu torso, ele vestia uma calça moletom)

Moonshot's Answer

Continuação:

Depois de um banho quente e revigorante, sentia-me ligeiramente mais humana, a sensação da sujeira e do medo finalmente lavada de mim. Mesmo assim, o cansaço afetava profundamente, e a cama nunca parecera tão confortável. Deitada entre as folhas, eu finalmente me senti seguro, embora a tensão ainda pairasse no ar.

A porta do quarto abriu-se silenciosamente, e Chen entrou, recém-banhado, com um aroma que misturava a lavanda e a natureza, um perfume que eu associava a ele e que agora me trouxe um sentimento de alívio e segurança. Gotas de água brilhavam em seu corpo, delineando os contornos de seus músculos e deslizando pelo seu torso. Ele vestia apenas uma calça moletom, que saía um tanto desgastada e macia, mas que o acompanhava em suas horas mais relaxadas.

Ele se aproximou da cama, e eu pude ver a mudança em ele. A fúria que antes brilhava nele havia sido suprimida, substituída por um olhar de preocupação e amor. Ele se sentou ao meu lado, sua mão encontrando a minha, e a calidez de seu toque foi como um remédio para a minha alma.

“Descansaste bem, meu amor?”, ele sussurrou, o som gentil de sua voz ecoando na quietude do quarto.

“Sim”, mudei, ainda com a voz rouca do choro e do cansaço. “Chen... Eu... Eu não consigo parar de pensar no que aconteceu.”

Ele assentiu, seus olhos refletindo a dor que eu sentia. “Eu sei, meu amor. Eu sei. Mas você está segura agora. Eu não vou deixar que nada ou ninguém te machuque novamente.”

Ele se inclinou e me beijou levemente na testa, um gesto simples que carregava uma promessa de proteção e amor. “Vamos dar o tempo que precisamos para superar isso. Juntos.”

Ele se levantou, pegou uma toalha e começou a se secar, o movimento fluido e quase dançando. Eu observava-o, reconhecendo o homem que eu amava, mas também via a marca que os eventos recentes haviam deixado nele. Ele era mais protetor, mais determinado, e embora a escuridão ainda estivesse lá, eu via a luz que lutava para voltar.

“Vamos começar de novo, Maya”, ele disse, sentando-se novamente e pegando minha mão. “Vamos construir um futuro onde ninguém nos separará.”

Eu sorri, a esperança renascendo em meu peito. “Sim, Chen. Juntos.”

A sala foi preenchida com o som de nossas respirações e a promessa de um amor que supera até a mais profunda escuridão. Tínhamos passado por muito, mas, com Chen ao meu lado, eu sabia que juntos seríamos capazes de encontrar a luz novamente.

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